A parábola enquanto cônica

 


No caso da parábola, enquanto lugar geométrico da família das cônicas, dado um ponto F e uma reta r, ela é o lugar geométrico dos pontos equidistantes de F (foco da parábola) e a reta r, chamada de reta diretriz da parábola.

Vamos iniciar nossa historinha desenhando uma parábola de vértice na origem e foco sobre o eixo x. A distância do foco até a origem, por onde passa a parábola, deve ser igual à distância da origem até a reta r. Logo, podemos já localizar a nossa reta r, perpendicular ao eixo y. Daí, chamamos à distância da origem ao foco de c, logo a distância da origem até a reta é também igual a c.

Já podemos determinar alguns parâmetros:

c>0

A reta será r:x=c

F(c,0)

Agora, marcamos um ponto P(x,y) qualquer sobre a parábola para, conforme a definição, desenvolvermos a equação do lugar geométrico.

Teremos então:

d(P,F)=d(P,r)

(xc)2+y2=x+c

x22cx+c2+y2=x2+2cx+c2

x22cx+c2+y2=x2+2cx+c2

y2=4cx

Eis então a equação!

Para deslocar esta equação para o centro (h,q), fazemos:

(yq)2=4c(xh)

Para inverter o gráfico, fazemos:

y2=4cx

E para deslocar este último gráfico ao centro (h,q), fazemos:

(yq)2=4c(xh)

Por outro lado, para colocarmos o foco da parábola no eixo y, basta invertermos as variáveis:

Tomamos a equação y2=4cx e fazemos:

x2=4cy

Neste caso, a concavidade é para cima.

Para deslocarmos o vértice para o ponto (h,q), fazemos

(xh)2=4c(yq)

Para invertermos a concavidade, temos:

x2=4cy

E, por fim, para deslocarmos o vértice ao ponto (h,q), fazemos:

(xh)2=4c(yq)


Hipérbole

 


Dados dois pontos distintos numa reta, F1 e F2 Uma hipérbole será o lugar geométrico dos pontos cuja diferença das distâncias em valor absoluto é constante e menor que a distância entre F1 e F2.


Começamos com a hipérbole centrada na origem com focos sobre o eixo x


Para facilitar a construção sempre que desejar, pode-se iniciar com o desenho da hipérbole. Trace os eixos cartesianos e desenhe os dois ramos da hipérbole nele. Marque então os vértices V1 e V2. A exemplo do que fizemos na elipse, chamamos V1V2 de 2a. Bom começo! Marcamos então os focos F1 e F2. Pegamos o segmento (0,0) a F2 e puxamos para cima a partir da origem, fazendo com que, imaginando, sua outra extremidade se arraste até o ponto V2. Temos então o nosso triângulo retângulo. O cateto b sempre é perpendicular a V1V2, logo, resta concluir que, desta vez, nossa hipotenusa será c e teremos c2=a2+b2. Esta é uma historinha básica para conduzir à construção da hipérbole. Agora, podemos também desenhar o retângulo que dará suporte às assintotas.


A partir do desenho, podemos deduzir as coisas e prosseguir.


Temos então que:


a,b,c>0


c2=a2+b2


F1(c,0)


F2(c,0)


Comecemos, pela definição.

  

|PF1PF2|=V1V2=2a


Por conta do módulo, dizemos que PF1PF2=±2a


Assim, podemos prosseguir...


(x+c)2+y2(xc)2+y2=±2a


(x+c)2+y2=±2a+(xc)2+y2


Elevamos ao quadrado...


(x+c)2+y2=4a2±4a(xc)2+y2+(xc)2+y2


x2+2cx+c2+y2=4a2+x22cx+c2+y2±4a(xc)2+y2


x2+2cx+c2+y2=4a2+x22cx+c2+y2±4a(xc)2+y2


4cx=4a2±4a(xc)2+y2


a2cx=±a(xc)2+y2


a42ca2x+c2x2=a2(x22cx+c2+y2)


a42ca2x+c2x2=a2x22ca2x+a2c2+a2y2


a42ca2x+c2x2=a2x22ca2x+a2c2+a2y2


a4=x2(a2c2)b2+a2y2+a2c2


a4a2c2=b2x2+a2y2


a2(a2c2)b2=b2x2+a2y2


a2b2=b2x2+a2y2


a2b2=b2x2a2y2


O que fazemos agora é dividir tudo por a2b2 e chegamos a:


x2a2y2b2=1


Se deslocarmos o centro da elipse do ponto (0,0) para o ponto (h,q) teremos:


(xh)2a2(yq)2b2=1


Para a elipse de eixo V1V2 sobre o eixo y basta invertermos o x pelo y, e teremos:


y2a2x2b2=1


E, por fim, se deslocarmos esta elipse para o centro (h,q) chegaremos a:


(yq)2a2(xh)2b2=1

Elipse

 





Dados dois pontos F1 e F2 no plano, chamamos de Elipse o lugar geométrico dos pontos P cuja soma das distâncias PF1+PF2 é constante e diferente da distância F1F2.

Começemos pela elipse centrada na origem com V1V2 sobre o eixo x.

Uma dica pra facilitar a construção da elipse é usar o ponto V2 como suporte para concluir, conforme a definição, que F1V2+F2V2=V1V2. Assim, começa nossa historinha! Ao segmento V1V2 a gente chama de 2a. Começamos por aqui. Logo, da origem (0,0) a V2 temos a. Então, imaginamos elevando o segmento a a partir da origem até o ponto da elipse no eixo y, fazendo com que a sua outra estremidade se arraste até o ponto F2 e chegamos à figurinha do triângulo retângulo. Nesta figura, b sempre é o cateto perpendicular a V1V2. Já conseguimos, então, enxergar um triângulo retânculo, só falta dar nome ao outro cateto. Assim, por último, chamamos o segmento da origem até F2 de c. Temos, então, um triângulo retângulo com a2=b2+c2.

A partir desta construção inicial, podemos prosseguir, ora deduzindo, ora nos lembrando dos elementos da figura.

Dados: 
F1F2=2c

V1V2=2a

a2=b2+c2

Construção

PF1+PF2=V1V2=2a

Dados:

a,b,c>0

Pontos:

F1(c,0)

F2(c,0)

P(x,y)

PF1+PF2=2a

(x+c)2+y2+(xc)2+y2=2a 

(x+c)2+y2=2a(xc)2+y2

Elevando ao quadrado ambos os membros, teremos:

(x+c)2+y2=4a24a(xc)2+y2+(xc)2+y2

x2+2cx+c2+y2=4a2+x22cx+c2+y24a(xc)2+y2

x2+2cx+c2+y2=4a2+x22cx+c2+y24a(xc)2+y2

4cx=4a24a(xc)2+y2

cx=a2a(xc)2+y2

a2cx=a(xc)2+y2

a42ca2x+c2x2=a2(x22cx+c2+y2)

a42ca2x+c2x2=a2x22ca2x+a2c2+a2y2

a42ca2x+c2x2=a2x22ca2x+a2c2+a2y2

a4=x2(a2c2)b2+a2y2+a2c2

a4a2c2=b2x2+a2y2

a2(a2c2)b2=b2x2+a2y2

a2b2=b2x2+a2y2

O que fazemos agora é dividir tudo por a2b2 e chegamos a:

x2a2+y2b2=1

Se deslocarmos o centro da elipse do ponto (0,0) para o ponto (h,q) teremos:

(xh)2a2+(yq)2b2=1

Para a elipse de eixo V1V2 sobre o eixo y basta invertermos o x pelo y, e teremos:

y2a2+x2b2=1

E, por fim, se deslocarmos esta elipse para o centro (h,q) chegaremos a:

(yq)2a2+(xh)2b2=1




Equação reduzida e equação geral da circunferência

A circunferência é o lugar geométrico dos pontos equidistantes a um único ponto dado.


Vamos iniciar com a circunferência no centro do eixo cartesiano. Então, a equação que determina todos os seus pontos é dedutível via Teorema de Pitágoras, em que x2+y2=r2, onde r é o raio da circunferência.


Para termos a equação da circunferência cujo centro é o ponto (a,b), basta deslocarmos a equação do lugar geométrico no centro (0,0) para o centro (a,b) e teremos:


(xa)2+(yb)2=r2


Esta equação que é deduzida via Teorema de Pitágoras é chamada de equação reduzida da circunferência.


Se desenvolvemos esta expressão, vamos chegar à equação geral da circunferência. Vamos lá!


x22ax+a2+y22by+b2=r2

Logo, a equação geral da circunferência será:


x2+y22ax2by+a2+b2r2=0





 

Nos últimos dez anos, a população de uma cidade vem aumentando anualmente em progressão aritmética. Em 1996, último ano do período de dez anos, constatou-se que o número de habitantes era 10% maior que no ano anterior. Pode-se concluir que, dentro desses dez anos, a população dessa cidade aumentou em

 Nos últimos dez anos, a população de uma cidade vem aumentando anualmente em progressão aritmética. Em 1996, último ano do período de dez anos, constatou-se que o número de habitantes era 10% maior que no ano anterior. Pode-se concluir que, dentro desses dez anos, a população dessa cidade aumentou em...


De 1995 para 1996 houve aumento de 10%. Logo, podemos concluir que P96=1,1P95. Assim, a razão de nossa PA será r=1,1P95P95=0,1P95.


Agora, como são 10 anos, teremos que nosso período será de 1987 a 1996.


Então, teremos 


a10=a1+9r1,1P95=a1+90,1P95

Ou seja, $a_1 = 0,2P_{95}


Desta forma, 


a1(1+i)=P96=1,1P951+i=1,1P950,2P95

O que nos leva a concluir que nossa taxa de crescimento i será:

i=1,10,21=4,5

Ou, ainda, i=450


mediana, decil e intervalo interquartil.

Considere a seguinte tabela de dados.


a) mediana            b) 1º decil             c) intervalo interquartil


a) A mediana é o valor central dos dados. Entretanto, quando estes dados estão organizados em classes, temos de fazer uma proporção na classe onde a mediana se encontra, para determiná-la, digamos, com precisão.
Então, como a mediana encontra-se na classe de 50 até antes de 55 Salários Mínimos (SM), temos que 5550 correspondem a 35% dos dados. Entretanto, nós necessitamos encontrar o valor que corresponde a 10%. 
Teremos então uma regrinha de três:
555035%
x10%

Logo, teremos x=10535=5035=1,43

Portanto, nossa mediana será Md=50+1,43=51,43

b) Vamos agora determinar o 1º decil. Vamos aproveitar para realizar uma abordagem apenas um pouco diferente. Vamos lá! A classe que contém o decil é a 3ª (40 a 45), cuja participação nos dados é de 15%. A porcentagem que falta é 4%, já que a frequência até a 2ª classe é 6%. Então, podemos encontrar, inicialmente a razão 415 que mede a participação de 4% em 15%. A partir daí, fazemos x=5415 e encontramos x=1,33. Portanto, o nosso 1º decil será 40+1,33=41,33

c) Vamos agora encontrar o intervalo interquartil. Este intervalo é definido como a diferença entre o 3ª quartil e o 1º quartil (J3J1). 

Comecemos J1, que é o 1ª quartil (25%). A classe é a de 45 a 50 e precisamos obter, nesta classe, a que 10% corresponde na sequência de dados. Façamos por regra de três, então:

504540%
x10%

Teremos então que x=10540=1,25. Assim, J1=45+1,25=46,25

Vamos ao 3º quartil (J3). Apesar de estar claro na tabela, vamos fazer ingenuamente, e por razão. Temos que o 3º quartil está na classe que vai de 50 a 55. Nela temos 35%. E necessitamos andar exatamente 35% a partir dos 40%, logo fazemos x=35355=5. Assim J3=50+5=55.

O intervalo interquartil será, então, 5546,25=8,75

O esquema de cinco números (Tukey, 1977) e seu desenho esquemático.

Este é um modelo de representação de um conjunto de dados. Então, foram selecionados a quantidade n de dados, o valor central, ou seja, a ...