Posições relativas entre duas circunferências no plano

Para analisarmos as possibilidades das posições relativas de duas circunferências num mesmo plano, podemos pensar assim: dadas duas circunferências, elas podem ter raios iguais ou diferentes. Suponhamos, inicialmente que tenham raios distintos. Sem perda de generalidade, consideremos a posição da circunferência de menor raio à direita. Teremos então a circunferência maior de raio $r_1$ e a menor de raio $r_2$, com $r_1>r_2$.


Podemos iniciar nossa análise, separando situações bem determinadas.


Vamos, então, considerar, inicialmente, que a distância entre seus centros seja maior que a soma dos seus raios. 



Podemos concluir que estas circunferências não terão nenhum ponto em comum.


$$d > r_1 + r_2$$


Uma segunda situação bem definida seria aquela na qual a distância entre os centros é igual à soma dos raios. 



Neste caso, as circunferências serão tangentes e exteriores, ou seja, terão um único ponto em comum, além de serem exteriores.


$$d = r_1 + r_2$$


Uma terceira situação seria colocar a circunferência menor para o interior da maior, na situação em que a diferença entre os raios é igual à distância entre os centros.



Neste caso, temos um único ponto em comum (tangência), sendo uma circunferência interior à outra.


$$d=r_1 - r_2 $$


Podemos ainda considerar a circunferência menor interna à circunferência maior sem qualquer ponto em comum. 



Nesta circunstância, podemos traçar um raio da circunferência maior que passa pelos dois centros das circunferências. Nesta situação, teremos 


$$r_1 > d + r_2 \Rightarrow r_1 - r_2 > d \Rightarrow d < r_1 - r_2$$


Caso as circunferências sejam concêntricas, teremos $d = 0$.




Restam ainda algumas situações a considerarmos. Vamos considerar, inicialmente, a situação em que a circunferência menor apresenta centro externo à maior com dois pontos em comum (secantes). 



Podemos notar que $r_1 < d$, pois o centro da circunferência menor é externo e, ainda, $d < r_1 + r_2$. Assim, elas são secantes.


Uma situação intermediária seria a que o centro da circunferência menor está na borda da circunferência maior. 



Neste caso, $r_1 = d $, logo, $d < r_1 + r_2$, e as circunferências serão secantes. Podemos notar ainda que se $r_1 = d$ então $r_1 - r_2 < d$.


A terceira situação é considerarmos o centro da circunferência menor interior à circunferência maior, ainda com dois pontos em comum (secantes). 



Nesta situação, $d < r_1$ e, além disto, podemos formar um triângulo com os raios e o segmento entre os centros. Podemos concluir, por esta construção, que 


$$r_1 < d + r_2 \Rightarrow r_1 - r_2 < d$$


Nesta nossa análise, podemos resumir a situação de circunferências secantes da seguinte forma. Sem analisarmos a posição do centro da circunferência menor, podemos notar que não é suficiente a informação de que $d < r_1 + r_2$ pois podemos ter, nesta circunstância, $d < r_1 - r_2$, ou seja, circunferência interior sem pontos em comum.


Podemos concluir, então, que a condição para que as duas circunferências sejam secantes é dupla, conforme já visto antes, ou seja, 


$$r_1 - r_2 < d < r_1 + e_2$$


A outra condição que separamos foi a de as circunferências terem raios iguais. Nesta sitaução, a única mudança é a possibilidade de as circunferências coincidirem totalmente. Nas demais situações, as conclusões são as mesmas.


Podemos, por fim, resumir nossa discussão assim:


$d > r_1 + r_2 \Rightarrow$ Circunferências exteriores disjuntas;

$d = r_1 + r_2 \Rightarrow$ Circunferências exteriores tangentes;

$r_1 - r_2 < d < r_1 + r_2 \Rightarrow$ Circunferências secantes;

$d = r_1 - r_2 \Rightarrow$ Circunferência interior tangente;

$d< r_1 - r_2 \Rightarrow$ Circunferência interior disjunta.


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